Expressões Mineiras

Uai, será que este trem vai ficar bão? (eu pensando sobre como ficará este texto)minasgerais

 

Estes quase 5 anos (caramba, como o tempo passa!) em São Paulo me modificaram. Aliás, não há como sair inume a esta cidade! Além de alguns hábitos, a linguagem, sem dúvida, foi a que mais se modificou.

Por mais que eu ainda ouça: que sotaque fofo! Eu sei que ele não é mais o mesmo. Há particularidades na fala que vão além do “uai” e do “trem” que eu tive que abandonar logo que cheguei aqui. A primeira foi o “arreda”. Até hoje não entendo o problema em pedir para alguém “arreda pra lá” (afasta; chega pra lá…). Ou então expressar minha indignação quando alguma coisa “trapalha” ou “inguiça” (dar defeito). Ex: meu celular trapalhou/inguiçou, não quer mais ligar! Ou pedir para alguém “quentá” algo (aquecer; esquentar): Quenta meu leite, pu favô?

O mineiro usa muito o diminutivo, talvez seja por isso que acham o sotaque “fofo”. Tá fazenu um friozim bão hoje, né?! Acho que vô escrever um cadim pro blog… e adoramos o feminino: Vou dar uma voltinha na mota nova de chinela mesme, depois de ouvir esta música que tá tocanu na rádia firminense!

Mas como não trabalho mais em restorante mineiro, onde os sotaques e expressões fazem parte da experiência, tive que deixar estas mineirices de lado e aprender outras gírias tipo assim, mano! Como além de torcedora do Tupi de Juiz de Fora (Campeão do Brasileirão série D – 2011), sou truta do Curintia. Ser uma maloqueira no meio do bando de loucos é um grande aprendizado, não só de linguagem, como de paixão! Mas isto é tema para outro texto…

Enfim, por mais que eu me policie, sempre acaba saindo sem querer um “uai” ou um “trem”. É aquele tipo de coisa que está no sangue, na cabeça e principalmente no coração. Ser mineira é mais que uma origem ou um modo de vida, é minha paixão!

born-to-be-uai

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